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As referências teóricas e práticas para as produções dos curtas metragens estão ligadas inicialmente a dois livros: "Criação de curta-metragens em vídeo digital: uma proposta para produção de baixo custo", do Alex Moletta e "Como fazer documentários: conceito, linguagem e prática de produção", do Luiz Carlos Lucena. Ambos os textos trabalham com uma didática excepcional para produções grupais de baixo custo. Também utilizamos das ideias do documentarista Eduardo Coutinho, sua concepção sobre a importância das "conversas". Em relação aos referências externas, os franceses dos ateliers Varan, e suas concepções de cursos  práticos não acadêmicos de cinema, nos serviram muito. Também, somos fidedignos as ideias de Glauber Rocha e claro, da ideia do faça você mesmo, enquanto estratégia de produção de baixo custo. Compartilharemos aqui alguns link`s com textos e vídeos sobre essas referências esperando que, possam servir também, como um caminho a ser percorrido. 

LIVROS: 

MOLETA, Alex. Criação de curta-metragem em vídeo digital: uma proposta para produções de baixo custo. São Paulo: Summus, 2011.

Este livro apresenta uma proposta de trabalho para a criação, organização e realização de curtas-metragens em vídeo digital para produções de baixíssimo custo, possibilitando que qualquer pessoa interessada em fazer cinema crie e produza seus vídeos com estética cinematográfica. Um guia imprescindível para interessados em cinema. http://br.norkind.ru/pdf-cria_o_de_curta_metragem_em_v_deo_digital_368894.html

LUCENA, Luiz Carlos. Como fazer documentários: conceito, linguagem e prática de produção. São Paulo: Summus, 2012. 

Este livro aborda os conceitos e fundamentos que ordenam a produção histórica do cinema documental e oferece ferramentas técnicas para a produção de documentários - da escritura do roteiro à edição final. Indicada para estudantes das áreas de comunicação - cinema, rádio e TV, jornalismo e design, a obra traz ainda um capítulo especial que aborda a influência do documentário na ficção brasileira.

A linguagem e as conversas no espaço virtual.

No sentido de se pensar estratégias para desencadear a colaboração, o projeto também incluiu algumas reflexões sobre a ideia de conversa do documentarista brasileiro Eduardo Coutinho que, apesar de não formular um método de aproximação para com relação aos entrevistad*s em seus documentários, tal ação, configura para nós uma maneira de fazer muito específica de viabilizar o convívio proximal no momento do registro em vídeo, nas entrevistas. O documentarista em vários momentos de sua carreira reflete sobre as conversas, por ele tidas como uma ferramenta (OHATA, 2013). Em seu livro "Eduardo Coutinho" Milton Ohata, nos oferta dois ensaios e dez entrevistas reflexões sobre a postura teórica e prática do documentarista brasileiro.

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As conversas, ou mais especificamente, a linguagem, também estão atreladas as ideias do biológo chileno Humberto Maturana. Ela é o meio através do qual os seres vivos realizam sua autopoiese (criação e construção de si mesmo) biológica, por intermédio do "linguajamento" (languaging). O cinema nesse sentido, é compartilhamento que ocorre via "conversação" e "linguajamento". Esses conceitos são discutidos nos livros "Cognição, ciência e vida cotidiana" e "A árvore do conhecimento", ambos de Humberto Maturana e "A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas vivos", do físico austríaco Fritjof Capra. Essas ideias nos servem de estofo para o trabalho em grupo via aplicativos como Zoom, Skype e WhatsApp, utilizados durante as aulas online no decorrer do curso, já que a linguagem se colocou como ponto fucral desde que, a pandemia do COVID 19 se instalou em nosso cotidiano e nos forçou a repensar formas de interação com o* outr*.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos.  CULTRIX: São Paulo, 1996. 

MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Tradução Cristina Magro, Vistor Paredes. - Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001. 

A influência dos ateliers VARAN

Outra influência em nosso método de trabalho foram as práticas dos ateliers Varan. Encontrei um site com informações precisas sobre as ideias que contornam os vídeos produzidos nos Ateliers Varan.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A associação Ateliers Varan foi fundada oficialmente em 1981, por iniciativa de Jean Rouch e Jacques d’Arthuys, em Paris. Seu objetivo inicial era formar jovens cineastas em países onde não havia ainda uma produção cinematográfica, mas também entre grupos étnicos e sociais minoritários que não tinham acesso às técnicas do cinema. Essa era uma formação em cinema documentário de campo, especializada nos princípios do cinema direto.  

Os Ateliers Varan são ao mesmo tempo célebres e pouco conhecidos. Na constelação do cinema documentário, eles são geralmente tomados por herdeiros de Jean Rouch - que, no entanto, deles pouco participou, após sua fundação. Sua enorme produção de filmes, mais de mil, é muito pouco conhecida fora do circuito dos festivais especializados."

Fonte: http://www.balafon.org.br/varan/apresentacao.html

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"As atividades dos cineastas Varan como formadores nos ateliers se entrelaçam às vezes de modo muito íntimo à sua produção cinematográfica pessoal, e seus filmes alcançam forte relação com os ateliers. André Van In filma A Comissão da Verdade (1999), depois de ter coordenado por quase 10 anos os trabalhos dos ateliers de documentário da África do Sul. A imagem de seu filme é de sua ex-aluna Donne Rundle, que realizara antes um dos episódios de Crônicas sul-africanas no atelier em 1987 e My vote is my secret no atelier de 1994. Séverin Blanchet filma Kantri Bilong Yumi: a Papua da família Maden, depois de longo convívio com Martin Maden, que fora aluno do atelier da Papua Nova Guiné. Inversamente, Catalina Villar, muitos anos depois de ter passado por uma formação nos Ateliers Varan de Paris, busca o apoio da associação (à qual se filiará em seguida) para organizar um atelier na Colômbia, inspirada pela experiência de realização de seu filme Diários de Medellín (1999). Um de seus alunos no atelier tinha sido, antes, personagem de seu filme. David Ghéron Tretiakoff filma A Godpassing (2007) no Cairo, onde organizará, a partir de 2010, uma série de ateliers."

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