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# Lives

Estas lives serão partes integrantes do curso de curta metragem e servirão para fomentar reflexões sobre a linguagem das imagens em movimento, assim como oportunizar a comunidade o contato com pesquisadores do brasil que fomentam reflexões sobre a cultura da sétima arte.  

O arquivo em vídeo da #Live 1 está no final desta matéria. 

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#Convite | A @faop_minas convida servidores, alunos, comunidade e amantes do cinema para participação da live “De Godard a Caetano: notas sobre cinema contracultural”. A transmissão, que inaugura o ciclo de lives do curso de Curta-metragem do Núcleo de Arte da FAOP, será realizada na sexta-feira (29/05), às 16h, no perfil do Instagram do professor Ricardo Macêdo (@nocceteipsum).
A live vai contar com a participação do professor Dr. John Fletcher, coordenador dos cursos de bacharelado e de licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes Visuais | FAV, da Universidade Federal do Pará | UFPA. John explica que o encontro “vai realizar conexões entre o cinema contracultural desenvolvido por Jean-Luc Godard, a partir de 1967, chegando à sua produção do início dos anos de 1970, e o cinema de Glauber Rocha. Também será tratada uma correlação com o único filme realizado por Caetano Veloso, que é o ‘Cinema Falado’, obra de 1986”.

Anotações da live 1. 29.05.2020

De Godard a Caetano: notas sobre cinema contracultural
Pq Godard? Cinema de Godard lança convite para um debate.
Função da obra de arte é satisfazer inquietação do artista. De se colocar, colocar sua pensatividade. Dizer como aquela obra deve chegar em nós não cabe. Se aquela obra se mostra como desafio, é convite a cada um de nós para vencer aquele desafio. Convite ao público pra assumir postura mais ativa e crítica (sobre o possível hermetismo dos filmes, "demasiado eruditos")
Godard é disparador de experiências ligadas ao pós-guerra.
Fases do cinema de Godard
- primeira: Nouvelle Vague : Curtas, "Acossado", até "made in USA"
- segunda: mais politizada, desde 1967, rompe com seus parceiros, início de nova cena política (q desemboca no Maio 68), ele questionará seu modelo anterior, o tipo de linguagem utilizado até ali. Esse tipo de desconstrução leva à ruptura com Truffaut. Paralizam festival de Cannes (com os eventos de maio 68, barricadas, etc). Busca outra forma de fazer cinema.
Deleuze, Blanchot, Derrida- termos literários e filosóficos muito específicos, existe uma espécie de comunidade q usa escritos fechados e herméticos para filtrar o acesso. Seria o caso de Godard?
Pelo contrário, essa seria uma forma de olhar o cinema dos anos 60 com a visão dos anos 2000, esse padrão blockbuster, efeito Hollywood, máquina, megaproduções, cinema de ação, colonizando o formato e a expectativa do cinema. A recepção daquele período talvez tivesse menos barreiras culturais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Primeira fase do cinema de Godard seria experiência de narratividade. (Acossado, Viver a Vida, Bande à part, Pierrot le fou) Segunda fase, provocada pelas modificações políticas, traz experiência dialógica, provoca e instiga seu público, abre diálogo. Claro q Godard é um grande leitor, vai trazer filosofia, estética e idéias para conversar com seus pares. Se estranha com o q vê no mundo. Conceito de Ranciére do espectador emancipado. Eficácia estética. Cinema engajado, posicionado, filosófica e conceitualmente, mas tb desconstrói forma de fazer cinema, mais experimental. Alia 2 aspectos, via do discurso e da forma. Discurso não se basta, estranha suas próprias compreensões do campo. Garante essa eficácia estética.
Experiências em q se debruça sobre a linguagem.
Como Eduardo Coutinho, por debaixo da pele, subcamadas, trabalhando com o mínimo, estrutura óssea da linguagem da imagem. Subverter o tempo. Cabra marcado pra morrer. Conversas. A forma de se aproximar do outro, entender relação do outro com a câmera. Muito além da compreensão do q é a imagem em movimento.
Fase 1, nouvelle vague, aborda cotidianidade urbana francesa, cultura pop, cultura de massa, reabsorção do neo realismo italiano.
Segunda fase, 1967, com "2 ou 3 coisas q sei dela, " A Chinesa" e "Weekend à francesa" (baseado num conto de Julio Cortázar, "auto-estrada do sul" in Todos os fogos o fogo). Desconstrói.
Desmonta algumas das expectativas de se fazer cinema, dialoga com o método Bertold Brecht, faz o furo, deixa claro q é ficção, construção, fílmico, quebra a 4a parede, não é real. Não quer alienar, através de um artifício ficcional veicula idéias com poder de transformação. Atores falam para a câmera, para o público, desmontam a ficção do personagem, o importante é o discurso, a idéia na fala. Câmera vira de repente e mostra bastidores, as equipes.
📒Livro Philippe Dubois: cinema, vídeo, Godard(tem pdf na internet).
Próxima live será com Lu Trevisan e a proposta visceral do Teatro do Dragão. Interlocução com teatro.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Registro: Luiza Vitareli.

 

 

 

2012. Belém. Mesa. Encontro de q John e Ricardo participaram. Pensando arte no campo expandido. Reflexões sobre a imagem. Como a obra de Godard tem camadas, cinema, vídeo arte, colagem, teatro, vai criando hifenizações, se propõe a trabalhar com o campo expandido das artes visuais. Reflexões sobre a imagem. Estimular a discussão, q teria valor em si.
O filme "A chinesa", premiado no Festival de Veneza em 67, acaba se tornando um filme abraçado pelos estudantes da Sorbonne, inclusive ligados ao movimento de maio de 68. Q começa na universidade de Nanterre e chega a Paris. A chinesa: Caráter quase q profético de uma discussão sobre conflitos de classes sociais e as experiências socialistas, a experiência maoísta q se tornava pra Godard um ponto de ênfase para o debate. Maio de 68 une operários, estudantes e intelectuais. Idéias de maio 68 ecoam no filme "A chinesa". Na cena do trem, no final do filme, personagem encontra um professor e discutem sobre formas como deve acontecer o agenciamento político, rola um debate, pontos de vista conflitantes. Argumentação e contra-argumentação. O fato de colocar a discussão e não escolher um lado ajuda a implicar o público, faz o espectador formar opinião e se tornar mais crítico. Potências da contracultura. Não está endereçada ao comércio. Expressão de um grupo de artistas, não só do diretor, é uma equipe q se estimula. Godard dá prosseguimento a uma série de ações contraculturais, na estréia de filmes como Roma Cidade Aberta de Rosselini, com roteiro do Fellinni, gravado em Roma em 1944 quando o exército nazista se retira. Momento de desconstrução, cineastas e artistas lidando com relações de exceção, precursores da nouvelle vague.
Historiadores q dialogam com a produção de Godard: Philippe Dubois, Ranciére, Didi-Huberman.
A partir de 1967 Godard questiona a idéia de autoria e busca colaboradores. Em 1968 funda com Jean Pierre Gorin o grupo Dziga Vertov. Gorin era aluno da Sorbonne, de Lacan, Althusser, Foucault... Sorbonne se torna epicentro de debates, experiência social organizada, política e pensativa.
Voltando à Terra Brasilis. Link com "Cinema Falado", de Caetano Veloso, 1969. (Tem no YouTube). No exílio em Londres Caetano tem acesso ao cinema contracultural europeu: Godard,discursivo, repensando o cinema, questionando a hegemonia, etc. Segmento de "Cinema Falado" em q pensa o cinema. Num diálogo entre Caetano e Dedé Veloso, discutem Fellini, Bergman, Godard, o q proporcionou qd questionou o q o cinema deveria trazer. Qual o alcance do cinema. Caetano. London, London. Contatos com a contracultura. Ainda no Brasil, influenciado por Hélio Oiticica, Tropicália inspirada no penetrável.
1a fase Godard. Pequeno soldado
Acossado
Fase 2- 2 ou 3 coisas q sei dela. Sobre Paris. Filme político, DeGaulle, formas de ver.
Jean Pierre Léaud. Alter ego do Truffaut. Weekend à francesa, inspirado no conto do Cortázar, as auto-estradas do sul. Masculin, feminin. Simpathy for the Devil, processo de gravação da música dos Rolling Stones se mescla aos protestos dos Black Panthers em 1968. Série as Histórias do Cinema. 1978 a 1988. Último filme, Imagem e Palavra, sobre a causa palestina.
Caetano, Cinema Falado. Declaração de amor ao cinema de Godard. Traz sua experiência de exílio. Aponta o q Godard trouxe de interessante q Caetano acaba aplicando ao seu próprio cinema. Amigos conversando sobre cultura, política, rumos do país, numa festa cheia de celebridades da mpb. (disponível no YouTube)
Godard não se resume a Caetano. A figura mais emblemática do Cinema Novo,
Glauber Rocha, tb foi bastante influenciado por Godard. Primeiro curta, Cannes, "Glauber", 1977, sobre o velório do Di Cavalcanti (vimos, Lu Trevisan mandou no grupo). Primeiro longa foi Barravento, e tem Nelson Pereira dos Santos na montagem. Outro cineasta importantíssimo. Fase 2 do Cinema Novo: golpe militar, censura começa a agir, filmes procuram extroversão no exterior. Deus e o Diabo na Terra do Sol. Antropofágico. Neo realista. 1964. Cannes. Missão política do festival. Portal para esses cineastas boicotados pela censura encontrarem distribuidores e a imprensa internacional q lhes dava voz. Terra em Transe, 1967, o q é esse lugar de extrema desinformação política, precariedade, desigualdade. Glauber estreita laços com os cineastas franceses. 1968, em "O vento do Leste", filme de Godard na fase3 com o grupo Dziga Vertov, Glauber participa com fala sobre fazer cinema do terceiro mundo. 1972, com Carta para Jane.
Então Godard fica + contracultural, fase 3, viés maneirista, mistura película e fita magnética, formatos híbridos, experimental.
📒Cristine Melo. As extremidades do vídeo. Livro. História da produção de vídeo no Brasil, Marcelo Tas, Olhar Eletrônico, Sandra Kogut.
Godard trabalha com apropriação, rapta pedaços de filmes alheios, customiza, interfere. Histórias do Cinema, 1978 a 1988. Episódios lançados no MOMA em NY e no Documenta de Cassell. Experiências de remix. Cinema a contra-pêlo.
📒Sergei Eisenstein, "A forma do filme", livro, distingue 5 tipos de montagem:
- métrica, planos sequência com limites temporais (1917 Sam Mendes, Festim diabólico Hitchcock- quase palíndromo, começa e termina igual)
- rítmica, continuidade entre planos p/ dar lógica na narrativa
- tonal, influenciada pelo tom emocional ( cena da escadaria de Odessa no Encouraçado Potenkim)
- atonal, oposição, mescla todas as outras ( Gaspar Noel, "Irreversível", mutação das suas montagens de acordo com o q pretendia)
- intelectual, baseado em Vertov, cineasta russo e nome do grupo de Godard da fase 3, sistemas de oposição, figuras de linguagem q entram no campo fílmico.
Observar subtexto, entrelinhas, ironia, justaposições. Godard. Montagem intelectual. Participação ativa da pessoa q está frente à obra. Espectador desafiado a pensar junto, dialogar.
📒Walter Benjamin, 1930, o narrador- considerações poéticas sobre a obra de Nikolai Lescov.( tem pdf na internet)
Narrativa fragmentária, rastro (bem psicanalítico). Perde dimensão iluminista totalitária do discurso. Ele passa a ser não-todo, esburacado, faltante, fragmentário.
Percepções sobre a obra de arte, visão contemporânea, ficção e documentário se enlaçam. Um cerne de grande factualidade em Godard corrobora com a visão de narrativa de Benjamin. Segue o contexto: fim de guerra, mundo em frangalhos, despedaçado, escombros, forma de

narrar por fragmentos, contradições, pistas, versões. Polifônico.
Pista de algo q foi.
Se Godard pode ter influenciado linguagem contemporânea de vídeos curtos na internet. Provável. Cada vez +tranquilo p/ nossa percepção fragmentária das experiências audiovisuais. Microsessões, fragmentos curtos.
Nicolas Ray
Fase 3. Cinema maneirista. Reelaborar culturas a partir do lugar de produção dos cineastas (lugar de fala?)
Oriente, produção figurativa proibida, cultura islâmica, iconoclastia. Abstrato.
Grandes compositores clássicos. Música imagética.
Marguerite Duras, Indochina, Partido Comunista, ótica da colônia, corpo permeável.
Lumière, protodocumental.Meliés, ficcional. Ou talvez o inverso.Lumière com seus falsos documentários se aproxima da ficção. Meliès com sua ficção e processos criativos seria um documentarista da imaginação.
Jeanne Dielman 23 Quai du Commerce Brussells. Chantal Akerman. Novas agendas contraculturais. Criticar o trauma colonial. Como contribuir para essas histórias q questionam a visão hegemônica. Cada realizador traz seu olhar, experiência, lugar de fala. Andrea Novais. Os filmes autorais de Marguerite Duras, o curta Mãos Negativas, sobre pintura rupestre, impressão de mãos. O caminhão, onde Marguerite e Gerard Dupardieu fazem uma leitura do texto, intercalada com imagens do caminhão. India Song, o mais conhecido.
Portais para achar filmes alternativos:
- face: espaço da sétima arte
- sonata premiére
-fazendinha de tanos
- pirate bay
João Moreira Salles. Arquivos da mãe dele em maio 68, China, Praga. Visão melancólica do fim de maio 68. Conservadores voltam ao poder na França.
Moreira Salles ligado a Eduardo Coutinho. Nióbio. Conflitos. Revista provocadora.
Pensamento pós-colonial, decolonial. Não é xenofobia. Jogo é + difuso. Não é negar a produção externa ( antropofagia cultural). Globalização tem fissuras. Não pode consumir o q é produzido fora?
Caetano- como reverberou cinema falado.
Alunos de artes visuais e cinema em Belém. Mostras de Godard, cineclubes, debates. Acontecendo nos cinemas alternativos, promovendo discussões. Adeus à Linguagem. O caso do Alfaville. Com debates, convidados, efervescente. Obras disparadoras para reflexão. Pede uma atitude do público. Postura crítica. 3 experiências em Belém:
- CineFem com Lorena Montenegro, Carol Abreu, pautas dos diversos feminismos
- Cine Paredão na UFPA, organizado pelos alunos de artes visuais
- João Cirillo, (cine ibero luxardo?), trabalho com crianças de periferia, formação de público, pensar por imagens. Aprender a se defender, criar consciência crítica, já q subtextos e entrelinhas estão em toda a parte e são consumidos inconscientemente.
📒Augusto de Campos relaciona nO Balanço da Bossa a música Alegria, alegria e Godard ( fala da platéia)
Comitê invisível
Mario Peniola, "Desgostos"
Djamila Ribeiro
Eduardo Restrepo
Ernest Laclaud(?)
Chantall Muff
Passagens
Nietzsche
Benjamin
Peter Pál Pelbart
Punk seria contracultura? Num sentido mais amplo, quebra de linearidade de regras, subversivo. Rastro contracultural. Questionar verdades impostas. Insuficiência das narrativas mais totalitárias
📒Élida Lima - pensar os silenciamentos. Tese. Orientada pelo Peter Pál Pelbart.
Je vous salue Marie- ênfase na Maria e arcanjo Gabriel num contexto francês mais contemporâneo.
Está na fase 4 de Godard, filmes mais narrativos, citação social. Maturação, resolução das pistas, nova coerência. Criado em 3D (Adeus à Linguagem): 2 casais, histórias não cronológicas, embaralha o conceito de início- meio- fim.
Nelson Pereira dos Santos: assista!!! O amuleto de Ogum, Memórias do Cárcere, Rio 40 graus.

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#Live 1

De Godard a Caetano: notas sobre cinema contracultural.

47' 02''

Com Jonh Fletcher

e Ricardo Macêdo.

29.05.2020.

Anotações: Gilda Nogueira.

Registro de imagens: Luiza Vitareli 

e Jozânia Miguel.

#Live 2

O bate papo dessa live de número 2 contará com a diretora e dramaturga do Teatro do Dragão Luciane Trevisan, que vai contar um pouco sobre a história do grupo, os desafios de trazer para o teatro o gênero horror, o uso da violência, e as técnicas cinematográficas de efeitos e maquiagem.

 

 

Teatro, horror, violência e cinema
Bate papo sobre os 15 anos do Teatro do Dragão

 

Dia 05.06.2020

as 16h

@nocceteipsum

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Designer: Filipe, FAOP.  

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Link para #live 2 (Bloco II)

 Registros de vídeo: Jozânia Miguel. 

Captação de imagens: Luiza Vitareli e Jozânia Miguel

#Live 3
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Amig*s a Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP convida para a terceira live do curso de Curta-metragem do Núcleo de Arte e Ofícios, intitulada “Cinema de Animação”. A transmissão, que será realizada na sexta-feira (19/06), às 16h, no perfil do Instagram do professor Ricardo Macêdo (instagram.com/nocceteipsum), vai contar com a participação do fundador e um dos diretores da Mostra Udigrudi Mundial de Animação | Mumia, Sávio Leite.

Sávio Leite estudou Comunicação e é Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais | UFMG. É diretor de curtas-metragens, professor de cinema de animação no Centro Universitário UNA e coordenador de workshops de vídeo e imagem, tendo colaborado ainda em vários projetos cinematográficos. Seus trabalhos foram apresentados e premiados em importantes festivais ao redor do mundo. Nominado três vezes ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Fundador e um dos diretores da Mostra Udigrudi Mundial de Animação | Mumia. Organizador de livros, dentre eles: "Subversivos: o desenvolvimento do cinema de animação em Minas Gerais" (2013), "Maldita Animação Brasileira" (2015) e o mais recente "A Forma Realizada, Dean Luis Reis" (2020).

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Página de Savio Leite no You Tube

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